Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa vão ser ouvidos sobre a situação na Base das Lajes. Um tema que Paulo Portas pretende debater hoje, em Bruxelas, com Hillary Clinton.
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A audição conjunta, que vai acontecer na sexta-feira às 14:30, no Parlamento, vai reunir os deputados da Comissão de Defesa e da Comissão dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas, presidida pelo deputado socialista Alberto Martins.
Antes da audição na Assembleia da República, Paulo Portas está em Bruxelas, onde participa na reunião dos chefes da diplomacia da NATO, no quartel-general da Aliança Atlântica.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português disse hoje aos jornalistas que pretende abordar a questão da Base das Lajes com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, também em Bruxelas.
Paulo Portas sublinhou que se vai tratar de uma conversa informal, mas pretende explicar à chefe da diplomacia americana que os impactos da decisão de Washington são preocupantes e as consequências têm de ser avaliadas.
Questionado sobre as declarações do embaixador norte-americano em Lisboa, que falou na necessidade de o Governo português criar condições de competitividade para instalar um novo investimento financeiroque possa compensar esta redução militar nas lajes,
Paulo Portas preferiu não adiantar qualquer informação.
Leon Panetta, comunicou há duas semanas ao Governo português a intenção de reduzir a presença militar norte-americana na Base das Lajes.
A redução em causa abrange o número de militares e civis norte-americanos presentes nas Lajes, e respetivos acompanhantes, e o número de trabalhadores portugueses diretamente contratados e «prevê agora uma fase de transição até ao verão de 2014, momento em que se verificarão os maiores impactos».
No passado dia 30 de novembro, o ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou que Portugal transmitiu a sua «insatisfação» pela redução militar norte-americana na Base das Lajes e que propôs uma reunião extraordinária sobre o assunto, que já foi aceite por Washington.