Miguel Relvas e Paulo Portas consideraram que Cavaco Silva foi «realista» ao reagir ao acordo sobre ajuda externa. Já Marcelo Rebelo de Sousa considerou que Cavaco disse que «é preciso mudar o engenheiro Sócrates».
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O secretário-geral do PSD assinalou o facto de o Presidente da República ter feito um «discurso de estímulo» ao reagir ao acordo sobre a ajuda externa, onde deixou claro que o país tem de mudar de vida.
Para Miguel Relvas, Cavaco Silva foi «realista» neste discurso, onde sublinhou que «mudar de vida significa sermos conscientes da realidade em que o país se encontra».
«É também um discurso de esperança, a esperança que este apoio é uma oportunidade para ultrapassarmos a situação a que chegámos», adiantou num jantar em Santa Maria da Feira, onde se comemoraram os 37 anos do PSD.
Também presente neste evento, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que «em poucas palavras, o Presidente disse que é preciso mudar o engenheiro Sócrates».
«É preciso mudar de rumo, de política e mudar de Governo. Foi o que ele disse tanto quanto um Presidente pode dizer. Não pode dizer mais do que aquilo», concluiu.
Tal como Miguel Relvas, o líder do CDS-PP também considerou que as palavras de Cavaco Silva foram realistas, até porque o Presidente da República chegou à conclusão que o «pedido de ajuda externa era inevitável, tal o grau de endividamento do país».
Portas entende ainda que o chefe de Estado chamou à «atenção para pontos importantes» e lembrou a necessidade de uma «ética social» e de ser necessário que «em tempo de austeridade o Estado dê o exemplo».
«Ainda para mais em tempo de austeridade é necessário proteger o crescimento económico, porque é a condição do crescimento do emprego», acrescentou o líder centrista, que assinalou ainda o apelo ao consumo de produtos nacionais feito por Cavaco.