Portas não comenta declarações de Passos e centra discurso num país em crescimento

TSF/ Miguel Midões
Ontem à noite em Coimbra, Paulo Portas fez um discurso marcado pela visão de um país em crescimento, recusando-se a comentar as declarações do primeiro-ministro acerca das falhas de pagamento à Segurança Social.
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Portugal consegue encarar o FMI de cabeça levantada e os indicadores de confiança, quer de empresas, quer de consumidores subiram, realçou o líder democrata cristão, que relembrou também que o desemprego continua a baixar.
Contudo, Portas não quis comentar as agendas de outros políticos que não a sua própria agenda, que decidiu centrar no discurso de um país que funciona. «Bem sei que há agendas da oposição, que a comunicação social tem os seus interesses que são legítimos, mas eu entendo que o meu dever é fazer o discurso do Portugal que funciona».
Paulo Portas voltou a frisar que caso Portugal tivesse pedido mais tempo para pagar a dívida e mais dinheiro, ainda teria a troika presente no país e continuaria de mão estendida para os credores. «Houve um tempo em que Portugal foi de mão estendida aos credores, foi o tempo do PS. E, há outro tempo em que Portugal vai de cabeça erguida ao FMI dizer vamos fazer contas, os nossos juros estão muito mais baixos, os vossos juros estão acima daquilo que conseguimos mo mercado, por isso vamos poupar dinheiro», diz.
Portugal, na visão de Portas é um dos países da União Europeia com melhor perspetiva de crescimento em 2015 e, como consequência, realçou, uma vez mais, a descida do desemprego para 13,3% nos últimos dois anos.
Contra-atacou ainda António Costa e o PS por criticarem os estágios para jovens nas empresas. «Essa política representa uma oportunidade, e por isso não deve ser censurada. Se forem ver o que aconteceu a estes jovens, nove meses depois do estágio acabar, cerca de 70% estão a trabalhar», garante.
Exportações, turismo e agricultura foram outros marcos do discurso do líder do CDS-PP, que realçou a passagem de Portugal de mau para bom ano na eficácia do uso dos fundos comunitários, dando o exemplo do PRODER, com uma taxa de execução de 96%.
Aos militantes do CDS-PP, Portas garantiu que a prioridade do partido são as eleições na Madeira, no final do mês.