Portimão vai passar a cobrar taxa turística em março de 2024. Valor depende da época do ano
A autarca de Portimão, Isilda Gomes, defende, na TSF, que está é uma taxa "extremamente justa".
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A Câmara de Portimão anunciou esta quinta-feira que vai aplicar uma taxa turística no concelho, a partir de março de 2024.
A proposta, que já foi aprovada, aponta para uma taxa variável ao longo do ano, nomeadamente de dois euros por noite na época alta (de 1 de março a 30 de setembro) e de um euro na época baixa (de 1 de outubro a 29 de fevereiro).
Nas duas situações, a taxa será cobrada até ao máximo de sete noites, de acordo com a presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes.
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"Neste momento, nós temos tudo aprovado, aguardamos só a publicação. O que vamos cobrar é, na época alta, dois euros por pessoa e na época baixa um euro por pessoa. As crianças até 13 anos não pagam nada. A época alta é de março até setembro e a época baixa, os restantes meses, sendo que o limite de pagamento são sete dias. Estamos a pensar que essa taxa que foi aprovada será publicada dentro de pouco tempo e estamos a apontar para começar a cobrança na época alta, em março", revela, em declarações à TSF.
A autarca espera arrecadar desta taxa "alguns milhões" de euros e assegura que a receita gerada será aplicada no desenvolvimento do turismo da cidade.
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"Aquilo que nós pretendemos é, primeiro, fazer a divulgação do destino turístico de Portimão como um destino turístico atrativo e atrair cada vez mais outros mercados turísticos para o nosso município e, depois, na melhoria daquilo que nós temos para dar aos nossos turistas, isto é, a melhoria dos espaços verdes, a melhoria dos arruamentos, tudo aquilo que implica termos um destino turístico de qualidade e é isso que pretendemos", explica, adiantando ainda que o município quer "apoiar eventos de grandes dimensões, que possam ser uma grande mais-valia".
"Por exemplo, o Moto GP, e com a taxa turística nós conseguiremos dar um apoio mais substancial", garante.
Sobre isto, o presidente do Autódromo Internacional do Algarve salvaguarda a importância da eventual aplicação de uma parte da taxa turística em eventos no autodrómo.
Paulo Pinheiro sublinha, à TSF, que não ouviu Isilda Gomes, mas escreve que, "obviamente todos os apoios são cruciais para que o Autódromo do Algarve consiga manter os grandes acontecimentos, nomeadamente o Moto GP".
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Isilda Gomes considera por isso que esta é uma taxa "extremamente justa", até porque a cidade tem de responder a "uma grande pressão" na época do verão.
"Temos de estar preparados, temos de ter um município preparado para no inverno termos 70 ou 60 mil pessoas, mas depois para responder no verão a uma grande pressão que pode ir até quatro vezes mais e isso repercute-se em todos os nossos serviços, nas nossas capacidades de respostas e temos de ter essa capacidade durante todo o ano, para que no verão não nos falte. É extremamente justa esta taxa turística, na medida em que ela vai ser totalmente gasta no âmbito do turismo, é para isso que nós queremos e vamos inclusivamente criar um conselho consultivo para nos ajudar a aplicar esta taxa, para que as pessoas não pensem que a câmara vai precisar daquele dinheiro para as suas funções normais", defende.