Portugal ambiciona «pasta irrelevante» com escolha de Carlos Moedas, diz Maria João Rodrigues
A eurodeputada do PS lembrou que Carlos Moedas, que foi escolhido para comissário europeu, «foi o responsável permanente pela condução do programa da troika». Já o deputado José Junqueiro diz que a escolha foi «partidária».
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A eurodeputada Maria João Rodrigues considerou que Portugal apenas pode ambicionar uma «pasta irrelevante» na Comissão Europeia com a escolha de Carlos Moedas e que o país envia a mensagem de que quer mais austeridade.
Reagindo ao anúncio do atual secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro para o lugar de comissário europeu indicado por Portugal, a eurodeputada eleita pelo PS entende que o país «deveria contribuir com uma personalidade com provas dadas, com capacidade e prestígio reconhecidos na frente europeia».
Maria João Rodrigues, que lembrou que Portugal vai continuar a ser o único país que ainda não indicou uma mulher para este cargo, explicou que Carlos Moedas «foi o responsável permanente pela condução do programa da troika».
«A meu ver, não foi capaz de defender os interesses do país como deviam ter sido defendidos num período como sabemos foi dramático e ainda está a ser dramático», acrescentou.
Por seu lado, o socialista José Junqueiro considerou que a escolha de Carlos Moedas para comissário europeu por Portugal foi «partidária».
Num blog, este deputado socialista, a título pessoal, recordou que o até agora secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro foi o «secretário de Estado da troika».
Com este escolha, adianta Junqueiro, o «interesse nacional fica para depois>», uma atitude já habitual neste Governo.