Pandemia ajudou a criar 18,4 milhões de desempregados na OCDE.
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Portugal foi um dos países desenvolvidos onde a taxa de desemprego menos aumentou em abril, no pico da pandemia e do estado de emergência. As contas são da OCDE que avisa, no entanto, que nunca viu as taxas de desemprego a subir tão rápido no mundo.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) conclui que em abril as taxas de desemprego nos países membros tiveram um enorme aumento.
Em média, mais 2,9 pontos percentuais de 5,5% em março para 8,4% em abril. Ou seja, mais 18,4 milhões de desempregados, sendo que 15,9 milhões destes surgiram nos Estados Unidos da América.
Em todos os países a culpa é das medidas de confinamento, que tiveram como consequência uma travagem a fundo das economias.
No final de abril a OCDE tinha um total de 55 milhões de pessoas sem trabalho.
O crescimento foi mais acelerado nas mulheres (+3,3 pontos percentuais; acima dos 2,6 nos homens) e nos jovens com menos de 24 anos (+5,5).
No topo dos países mais afetados estão os EUA (+10,3 pontos percentuais), a Colômbia (+7,7) e o Canadá (+5,2)
Há, contudo, alguns países onde o desemprego não aumentou e outros onde o aumento foi ligeiro. Por exemplo, na Zona Euro o aumento médio foi de 0,2 e em Portugal de 0,1 pontos percentuais.
Falta conhecer o impacto da crise provocada pela Covid-19 nos próximos meses, sendo que o Governo português já disse que prevê que a taxa de desemprego suba de 6,3 para 9,6% até ao final do ano.
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