"Portugal não é um país de segunda." BE junta-se aos tripulantes de cabine da easyJet
Para Mariana Mortágua, um aumento salarial é "a única coisa justa a fazer".
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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, juntou-se esta terça-feira aos tripulantes de cabine da easyJet, que estão junto ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, no último de cinco dias de greve, para ajudar a fazer "pressão" para que a empresa saiba que "Portugal não é um país de segunda".
Os trabalhadores alegam que a companhia aérea teve lucros astronómicos, com as bases portuguesas a serem das mais rentáveis e que, por isso, tem de dar aos portugueses as mesmas condições que dá aos tripulantes noutros países.
Mariana Mortágua avança, em declarações aos jornalistas, que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) "foi chamada e fez fiscalizações".
No entanto, considera que o problema é que "muitas vezes" empresas como a easyJet preferem "pagar multas por incumprir a greve" a aumentar os salários, que, na verdade, é "a única coisa justa a fazer", defende.
Na opinião da líder do BE, além da companhia aérea, também "o Governo tem responsabilidades".
"O Governo não pode permitir que uma empresa com esta dimensão, com esta responsabilidade, depois de ter ficado com os slots da Portela, trate assim os seus trabalhadores e sobretudo que incumpra a lei, que vá contra a lei no direito à greve", disse.
No último dia de paralisação, o presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, Ricardo Penarróias assinala à TSF que a adesão foi "de "mais de 90%, mesmo contra tudo".
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Esta é a terceira greve destes trabalhadores no espaço de cerca de três meses. Na sexta-feira, no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, fonte do sindicato indicou à Lusa que os destinos mais afetados pela paralisação eram Madeira, Londres, Paris, Genebra e Luxemburgo.
Notícia atualizada às 12h43