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Governo destaca que o processo de entrada na união é "técnico, exigente, complexo e bastante rigoroso" e compromete-se a auxiliar os ucranianos.
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O Secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, recebeu esta quarta-feira o vice-chefe do gabinete de Zolodymyr Zelensky para discutir o apoio do Governo português e garantir assistência técnica à Ucrânia no processo de adesão à União Europeia.
No final do encontro, o governante português reiterou o apoio ao país invadido pela Rússia e destacou o novo pacote de sanções aprovado por Bruxelas, prometendo que Portugal vai dar a mão à Ucrânia, para que em breve seja mais um membro da União.
"Portugal tem um know-how acumulado do seu próprio processo de adesão e do acompanhamento do processo de construção europeia ao longo dos últimos anos", assinalou, e a partilha de "experiências e conhecimento" lusa acontece perante um "processo técnico, exigente, complexo e bastante rigoroso".
Nesta conferência de imprensa, Tiago Antunes revelou também que "são já cerca de 38 mil as pessoas que solicitaram o regime de proteção temporária em Portugal", um número que "mais do que duplica a comunidade ucraniana no nosso país".
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Ucrânia rejeita solução que não passe por estatuto de candidato à UE
O enviado especial do Presidente ucraniano insistiu que a Ucrânia não aceitará qualquer outro compromisso por parte de Bruxelas que não o do estatuto de candidato à adesão à União Europeia (UE).
Na capital portuguesa, o enviado especial de Volodymyr Zelensky e vice-chefe de gabinete, Igor Zhovkva, reiterou também que a Ucrânia está pronta a iniciar o caminho de adesão à UE e, mesmo admitindo que leve tempo, espera que seja adotado um procedimento acelerado.
"Pode levar tempo, pode levar meses ou anos, mas depende em muito da Comissão Europeia (...). Mas sim queremos um procedimento rápido. Queremos ser parte do futuro da Europa e não do passado da Rússia" afirmou.
No início de maio, o Presidente francês, Emmanuel Macron, cujo país detém a presidência rotativa semestral do Conselho da UE, propôs a criação de uma "comunidade política europeia" como um "complemento" ao processo de adesão.
Uma proposta que Volodymyr Zelensky criticou, insistindo no início imediato do processo para uma plena adesão de Kiev ao bloco comunitário.