Marcelo Rebelo de Sousa quer que sejam garantidos "um verão e um outono diferentes".
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O Presidente da República admitiu esta quarta-feira confinamentos locais para conter a Covid-19 e deixou um pedido para que se torne "impossível" voltar atrás na luta contra a pandemia.
"Hoje quero sobretudo pedir-vos ainda mais um esforço, para tornar impossível o termos de voltar atrás, para que o estado de emergência caminhe para o fim, para que o desconfinamento possa prosseguir sempre com a segurança de que o calendário das restrições e os confinamentos locais, se necessários, garantem um verão e um outono diferentes", apelou Marcelo Rebelo de Sousa numa comunicação ao país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa.
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"No dia 6 de novembro de 2020 decretei o segundo e mais longo estado de emergência que hoje conhece aquela que desejaria que fosse a sua última renovação até às 23h59 do próximo dia 30 de abril", admitiu Marcelo Rebelo de Sousa.
Sobre o futuro, o chefe de Estado defende que, "se 2020 foi o ano da luta pela vida e pela saúde, 2021 terá de ser o ano do início da reconstrução social sustentada e justa" e alertou que, os portugueses "têm de sentir que verdadeiramente" são o centro da justiça, direito, finanças, economia e política.
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Apesar de já lançar o futuro, Marcelo avisou também para o caminho "muito trabalhoso" que ainda há pela frente.
"Quando o desconfinamento cria a sensação de alívio definitivo, o caminho que se segue ainda vai ser muito trabalhoso. Antes de mais vai dar trabalho na pandemia, sobretudo nas áreas em situação mais crítica, mas também na prudência exigida por todo o território para evitar a subida dos números decisivos que são, ao fim e ao cabo, os da pressão nas estruturas de saúde. Números agora estabilizados", explicou.
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Esta é a 15.º vez que Marcelo Rebelo de Sousa decreta o estado de emergência no atual contexto de pandemia de Covid-19, para permitir a adoção de medidas que implicam restrições de direitos, liberdades e garantias.