Apesar de admitir essa hipótese, o diretor do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves diz que é demasiado cedo para apontar causas ao acidente de domingo, no Alentejo.
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Por falta de recursos humanos, o relatório preliminar sobre o acidente com a aeronave que caiu no domingo, na zona de Canhestros, no concelho de Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja, pode demorar alguns meses. É o aviso de Álvaro Neves, diretor do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA).
Álvaro Neves disse esta segunda-feira que o GPIAA tem, desde esta manhã, dois investigadores no terreno, que estão a proceder aos "primeiros levantamentos" para se perceber os motivos da queda da aeronave.
O diretor do GPIAA admite que o acidente possa ter sido provocado por problemas graves na estrutura da aeronave, mas sublinha que é demasiado cedo para saber as causas.
Álvaro Neves disse ainda que dois engenheiros do fabricante suíço da aeronave vão ajudar o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves na investigação ao acidente. Os dois engenheiros da empresa Pilatus Aircraft chegam esta noite a Lisboa para amanhã se deslocarem ao local do acidente.
Ao que a TSF apurou junto do proprietário do aeródromo, o aparelho em causa era na altura do acidente operado por uma empresa do grupo Seven Air, mas era partilhado pelas várias empresas de salto em páraquedas que usam o aeródromo.
Trata-se de pequeno avião de matrícula alemã, que foi alugado a uma empresa francesa. Até ao momento não foi possível qualquer contacto com o grupo Seven Air, um grupo português de aviação civil que detém nomeadamente a Aero Vip, concessionária das linhas aéreas regionais que ligam Bragança a Portimão e Porto Santo e Funchal.
A aeronave transportava, no total, oito pessoas: o piloto, que morreu, e sete paraquedistas, quatro dos quais ficaram feridos, três em estado grave.