Comandante nacional pode liderar o combate a qualquer incêndio. Número de operacionais no terreno não é o único critério, argumenta a ANPC.
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A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) garante que não é só o número de operacionais no terreno que obriga a que o combate às chamas num incêndio tenha de ser liderado pelo Comando Nacional.
Em Monchique este comando nacional só foi assumido na terça-feira quando segundo o número de operacionais já devia ter sido assumido no sábado. Pelo menos é isso que dizem dois jornais, Público e Jornal de Notícias, com base nas novas regras aprovadas em abril pela própria ANPC.
No último ponto da situação sobre as chamas que nasceram há uma semana em Monchique, a 2ª comandante da ANPC rebateu a polémica e sublinha que a decisão de mudar ou não o comando do combate para o nível nacional depende apenas de "critérios operacionais".
Patrícia Gaspar sublinha que o sistema que está definido é "flexível" e, por exemplo, o comandante operacional nacional da ANPC pode chamar a si a liderança de qualquer operação se considerar que é necessário, mesmo que estejam "apenas 10 veículos e 30 operacionais no terreno", números de um pequeno fogo e não de um grande incêndio.
Apesar destes esclarecimentos de Patrícia Gaspar, o despacho, de abril, com o novo Sistema de Gestão de Operações, citado pela notícia do Público, não refere em lado nenhum exceções ou outros critérios para a passagem à fase mais complexa de resposta a um incêndio florestal.
O texto diz que a chamada Fase V é "implementada quando o número de operacionais mobilizados ultrapassa os 648 e na presença ou eminência do aumento da complexidade da operação, obrigando ao reforço da capacidade de Comando e Controlo e dos mecanismos de Coordenação Institucional", nomeadamente passando o comando das operações para o Comandante Operacional de Agrupamento Distrital (que no Algarve não está nomeado) ou para o Comando Nacional da ANPC.
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