O ministro da Administração Interna está confiante e acredita que os protestos agendados pela plataforma que junta a PSP, GNR, ASAE e Guarda Prisional não vão colocar em risco a segurança.
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O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, não teme que os protestos agendados pela plataforma que reúne as polícias ponha em causa a segurança da Jornada Mundial da Juventude. À margem do aniversário dos 156 anos da PSP, o ministro sublinhou que os próprios dirigentes sindicais garantiram que nunca, em circunstância alguma, vão colocar em risco a segurança do país.
"Temos a garantia das forças de segurança de que o país mantém os níveis de segurança que sempre manteve. Os protestos, como digo, são legítimos. Por aquilo que sei, haverá mesmo dezenas de protestos, não apenas das forças de segurança. Há polícia suficiente, temos 40 mil polícias do país. Sobre o plano global de segurança, devem falar com o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, porque é ele que tem a responsabilidade de coordenar as forças e os serviços de segurança. Todo o trabalho de planeamento das forças de segurança, que têm planos específicos do ponto de vista operacional e do ponto de vista tático para a Jornada Mundial da Juventude, tem vindo a ser desenvolvido. A segurança não será, de forma alguma, afetada. A segurança do país está salvaguardada e, aliás, essa é uma das conclusões que se extrai das declarações mesmo dos dirigentes sindicais. Nunca, em circunstância alguma, colocarão em risco a segurança do próprio país e contribuirão para a segurança do próprio país", acredita José Luís Carneiro.
Por isso, o ministro está confiante e acredita que os protestos agendados pela plataforma que junta a PSP, GNR, ASAE e guarda prisional não vão colocar em risco a segurança.
A comissão coordenadora permanente das forças de serviço e de segurança anunciou uma manifestação junto à Presidência da República no dia 2 de agosto, quando Marcelo Rebelo de Sousa receber o Papa, além de ações em aeroportos, portos e fronteiras.
O dirigente da estrutura que agrega a GNR, PSP, Polícia Marítima, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e Guarda Prisional revelou que irão estar presentes "posicionando-se junto à residência oficial do Presidente da República, com uma concentração dos profissionais das forças e serviços de segurança".
O chefe da Igreja Católica estará em Portugal de 2 a 6 de agosto durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que juntará milhares de jovens em Lisboa.
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
O primeiro encontro aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado, nos moldes atuais, por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).
A edição deste ano, que será encerrada pelo Papa, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19.
O Papa Francisco foi a primeira pessoa a inscrever-se na JMJ Lisboa 2023, no dia 23 de outubro de 2022, no Vaticano.