
António José Seguro
Global Imagens/Henriques da Cunha
António José Seguro recordou que os portugueses souberam deste corte através de um relatório do FMI e que «isto não é maneira de governar».
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O líder do PS acusou o Governo de voltar a esconder dos portugueses compromissos importantes, desta vez o corte de 4700 milhões de euros na despesa até 2014 e não até 2015.
Reagindo ao anúncio deste corte, António José Seguro lembrou que os «portugueses só sabem desse corte por via do relatório do FMI» sobre a sétima avaliação do programa de ajustamento português e sublinhou que «isto não é maneira de governar».
«Primeiro, o país foi surpreendido quando no início de novembro ou final de outubro, o Governo veio dizer que era preciso fazer um corte de quatro mil milhões de euros até fevereiro e que se tinha comprometido com esse corte em setembro do ano passado e ninguém sabia, só o Governo», explicou.
Depois de o Executivo ter escondido esse corte durante um mês «não fez esse corte até fevereiro e disse que era para 2014 e 2015 e agora fomos novamente surpreendidos com uma nova vinculação do Estado português sem ter falado com ninguém».
«Pelo menos não falou com o PS e não acredito que tenha falado com outros parceiros sociais e partidos políticos», acrescentou, à margem da apresentação do candidato socialista à câmara do Montijo.
Seguro aproveitou ainda para reiterar que o Governo não pode contar com o PS para mais cortes, uma vez que «é preciso para com esta política de austeridade numa altura em que tantos falam que os portugueses estão a sofrer tanto».
«É altura de paramos e passarmos aos atos e quem pode passar aos atos é quem tem maioria no parlamento e quem tem o poder, que é o Governo. É preciso parar com o sofrimento dos portugueses», sublinhou.