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Entretanto, Abebe Selassie assegurou que o FMI está aberto a rever as metas do défice de quatro por cento do PIB para 2014 se a evolução económica e a conjuntura internacional o justificarem.
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O Governo comprometeu-se a cortar 4700 milhões de euros na despesa até 2014 e não até 2015, revelou o FMI no relatório da sétima avaliação do programa de ajustamento português.
Neste documento, o Governo prevê também gastar 507 milhões de euros com indemnizações a pagar em 2014 aos funcionários públicos que rescindam com o Estado.
O Executivo indicou ainda que só com os funcionários públicos são esperadas poupanças na ordem dos 2200 milhões de euros.
Entretanto, Abebe Selassie garantiu que o FMI está aberto a rever as metas do défice de quatro por cento do PIB para 2014 se a evolução económica e a conjuntura internacional o justificarem.
Questionado durante uma conferência de imprensa telefónica com jornalistas portugueses sobre a chamada TSU dos pensionistas, que o Governo garante que tudo fará para não implementar, este responsável do FMI disse que não comentava medidas concretas.
Apesar disto, Selassie lembrou que «cerca de um terço da despesa total é gasto em pensões, 15 por cento do PIB são pensões e dez por cento do PIB são salários», daí ser «inevitável tocar nessas áreas».
No relatório sobre a sétima avaliação a Portugal, o FMI admitiu a TSU dos pensionistas desde que sejam encontradas medidas alternativas.