O Partido Socialista tem mais do dobro das intenções de voto do PSD, mas a maioria absoluta não está garantida. É o que mostra a mais recente sondagem da Pitagórica para a TSF e para o JN.
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Nenhum partido político pode ir de férias descansado. A pouco mais de dois meses das eleições legislativas, o PS continua sem a maioria absoluta - objetivo nunca assumido - assegurada, o PSD e o CDS continuam a sua descida aos infernos, o Bloco de Esquerda ainda tem muito que "pedalar" para se poder tornar num partido decisivo ao futuro da governação, a CDU sobe, mas pouco, e o PAN fica estável relativamente à última sondagem, mas ainda com muito trabalho pela frente.
A mais recente sondagem da Pitagórica para a TSF e para o JN, dá ao Partido Socialista 43,2% das intenções de voto, mais 2,8 pontos percentuais (pp) que a última de 30 de maio.
Quem continua a contribuir - e de que maneira - para este crescimento do PS é o PSD. Em sentido diametralmente oposto, os sociais-democratas liderados por Rui Rio continuam a afundar-se nas sondagens. Este mês o partido cai de 22,5% para 21,6%. Menos 0,9 pp que confirmam uma tendência que vem de trás: os sociais-democratas podem vir a registar o pior resultado da história do partido em eleições legislativas.
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No sidecar do PSD, vai o CDS. O partido de Assunção Cristas, que se queria assumir como líder da oposição em Portugal, continua em queda acelerada e, em julho, volta a cair para os 6%, menos uma décima que em maio.
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BE como terceira força política
Já o Bloco de Esquerda continua o seu caminho de afirmação como o terceiro partido com mais intenções de voto. Na sondagem de julho os bloquistas registam 9,2% das intenções de voto. Um salto de 1 pp relativamente à sondagem de maio. Ainda à esquerda, a CDU também sobe 0,3 pp em relação ao último estudo da Pitagórica e situa-se agora nos 6,8%.
O segredo mais mal guardado das próximas eleições legislativas continua a ser o PAN. O Partido Animais e Natureza continua a subir nas intenções de voto e no estudo de opinião deste mês de julho mantém a cifra dos 3,6% das intenções de voto. Com grande preponderância, sobretudo, em Lisboa e no grande Porto. Já o Aliança de Pedro Santana Lopes, que na última sondagem tinha 1,5% das intenções de voto, dois meses depois, cai para 1,2%, com uma relevância muito menor nos círculos eleitorais que mais elegem.
Esta sondagem da Pitagórica para a TSF e para o JN aponta ainda para 21,9% de indecisos, onde se destacam as mulheres, jovens com idades entre os 18 e os 34 anos, casses sociais mais baixas e residentes do centro do país e ilhas. A percentagem de brancos e nulos situa-se nos 7,6%.
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Ficha técnica
Sondagem realizada pela Pitagórica para a TSF e o JN com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com o Presidente da República, o Governo, a oposição, o índice de rejeição / potencial de voto dos líderes partidários e a intenção de voto nas eleições legislativas.
O trabalho de campo decorreu entre os dias 8 e 14 de julho, foram recolhidas 800 entrevistas telefónicas a que corresponde uma margem de erro máxima de mais ou menos 3,54% para um nível de confiança de 95,5%.
A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região. A taxa de resposta foi de 70,36% e a direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva.
A fica técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará para consulta online.