No interior do Partido Socialista (PS) têm surgido pressões para que vote contra mas, nesta altura, o discurso oficial é o de que todos os cenários estão em aberto.
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Quando António José Seguro disse, no Fórum TSF, que a hipótese de votar contra o OE era de 0,0001%, o PS estava mais inclinado a votar a favor.
Entretanto, Pedro Passos Coelho apresentou ao país as duras medidas de austeridade e tudo mudou. O PS passou a dizer que estavam todos os cenários em aberto.
Certo é que o líder socialista já deixou claro que vai fazer uma distinção entre o sinal político que quer dar e o conteúdo do Orçamento.
Seguro queixou-se de falta de informação e de diálogo por parte do Governo e insistiu em dois pontos: o IVA na restauração e os cortes na função pública.
Dentro do PS, foi aumentando a pressão para votar contra, sobretudo nos sectores mais próximos do anterior Governo. Há dias, o líder parlamentar escrevia no twitter que havia «manifestações de sub-poder» dentro do PS.
Para esta reunião da comissão política, António José Seguro chamou também os deputados, eurodeputados e presidentes das federações, para que a decisão saia de um fórum o mais alargado possível. Isto depois de já ter feito um périplo europeu, de se ter reunido com os parceiros da concertação social e com as associações do sector da restauração.