O PS e o PCP estão preocupados com os cortes e alertam para a diminuição da capacidade de resposta dos hospitais e para as dificuldades dos utentes em pagar os cuidados de saúde.
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O PS entende que, com menos dinheiro, o acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai degradar-se e o tempo de espera para as consultas vai aumentar.
«O grande problema vai ser o aumento das listas de espera nos próximos meses para consultas e cirurgias, que resulta do facto de haver menos dinheiro que foi transferido do Orçamento do Estado para o SNS» e também de ter sido suprimido um «conjunto de mecanismos de incentivos que permitiam que as equipas médicas pudessem fazer mais produção e, logo, combater listas de espera», disse.
O socialista reforçou que «no próximo ano vamos ter menos acesso aos cuidados de saúde e mais listas de espera».
António Serrano defendeu que, em matéria de saúde, os portugueses vão ser duplamente castigados no próximo ano, porque, a este problema da falta de capacidade de resposta, acresce o aumento das taxas moderadoras.
Segundo a portaria relativa a este tema, no que concerne aos rendimentos, casais sem filhos serão tratados como casais com filhos, o que prejudica estes últimos, disse, lembrando que o CDS-PP sempre foi o «partido das famílias».
Pelo PCP, Bernardo Soares concordou que os hospitais públicos vão perder capacidade de resposta, já que vão ter menos financiamento e menos trabalhadores. As listas de espera vão, assim, aumentar, alertou o líder parlamentar do PCP.
Os comunistas alertam que, com todas as mudanças que estão a acontecer no sector da saúde no próximo ano, muitos portugueses não vão ter dinheiro para aceder aos hospitais.