Começam hoje em Viseu dois dias de Jornadas Parlamentares do PS dedicadas ao tema do Estado social, numa altura em que os socialistas endurecem os ataques ao Governo.
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Depois de uma semana marcada pelo polémico estudo do FMI para o corte de quatro mil milhões de euros na despesa do Estado e pelo apelo feito pela oposição, PS incluido, ao Governo para que se demita, arrancam hoje, em Viseu, as jornadas do grupo parlamentar socialista.
Durante a última semana, António José Seguro alertou o Governo que não tem mandato para executar este corte na despesa do Estado e o vice-presidente da bancada socialista José Junqueiro, no Parlamento, chegou mesmo a sugerir a realização de eleições legislativas antecipadas.
À TSF, o líder parlamentar socialista Carlos Zorrinho afirma que o PS não tem pressa em chegar ao poder, mas sublinha que os eleitores não devem sentir-se amarrados à necessidade de que a legislatura se cumpra até ao fim.
Os socialistas alegam que o corte de quatro mil milhões de euros na despesa do Estado não faz parte do programa do Governo, nem do Programa de Assistência Económica e Financeira assinado por Portugal em 2011 com a troika.
Esta manhã, após a intervenção inicial, a cargo de Carlos Zorrinho, os deputados do PS discutem as perspetivas para "uma Educação moderna e solidária", debate que terá como oradores o ex-presidente da bancada Francisco Assis e o reitor da Universidade de Lisboa, António Sampaio da Nóvoa.
Ainda durante a manhã, estará em debate a segurança social, com intervenções do ex-líder socialista Ferro Rodrigues e da docente universitária Manuela Silva.
Durante a tarde, os deputados socialistas dividem-se em vários grupos e visitam instituições dos municípios de Nelas, Mangualde, Tabuaço, Moimenta da Beira, Vouzela, São Pedro do Sul, Cinfães, Resende, Mortágua, Santa Comba Dão e Viseu.
Estão ainda previstos jantares de trabalho em Penalva do Castelo, Vila Nova de Paiva, Castro Daire, Lamego e Tondela.