PS fala em regresso do teletrabalho e defende reforço do controlo das fronteiras

Manuel de Almeida/Lusa
José Luís Carneiro destacou como "vital" a garantia de que os meios humanos e técnicos disponíveis sejam colocados nas entradas do país.
Corpo do artigo
O PS admitiu, esta quarta-feira, o regresso da recomendação do teletrabalho em Portugal como forma de controlo da pandemia e defendeu o reforço de meios nas fronteiras para controlar as entradas no país e garantir que estas não colocam em causa o esforço de imunização.
À saída da reunião com o primeiro-ministro António Costa sobre os próximos passos no combate à pandemia de Covid-19, José Luís Carneiro sublinhou que a recomendação do teletrabalho "já ocorreu em determinados períodos da pandemia", mas ressalvou que "os termos, o âmbito e a intensidade terão de ser avaliados" e a ajustados aos vários fatores a ter em conta.
"O recurso ao teletrabalho para efeitos de proteção e de apoio familiar, caso venha a ser julgado necessário, pois é com certeza um dos recursos que devemos ter à nossa mão, não colocando em causa o funcionamento essencial dos serviços e da oferta de bens públicos essenciais", adiantou.
O secretário-geral adjunto do PS recordou que há quatro variáveis a ter em conta na tomada de decisão: "O índice de contágio e incidência, o recurso aos cuidados hospitalares, os internamentos em Cuidados Intensivos e o número de mortes." Estes fatores estavam relacionados "com a capacidade de resposta do SNS", alertou.
"É muito importante todos termos uma consciência da nossa responsabilidade individual, coletiva, e estarmos preparados para medidas de reforço, nomeadamente em relação ao uso da máscara, testagem no acesso aos recintos fechados e espaços interiores, necessidade de fazermos do certificado de vacinação e da testagem um procedimento regular nas nossas vidas e também estarmos preparados para a necessidade do reforço das entradas e das saídas do país, portanto, do controlo das fronteiras", referiu.
O responsável socialista defendeu também como "vital que todos os meios humanos e técnicos sejam colocados" nos pontos de entrada aéreos, terrestres e marítimos do país, de modo a controlar os "fluxos de risco" e garantir que "quem se dirige ao país o faz com testagem feita, teste negativo e certificação dessa testagem".
Neste aspeto, José Luís Carneiro</a> sublinha que há "regiões no mundo em que o modelo de testagem é diferente do europeu". De acordo com o socialista, esta questão das fronteiras prende-se com o facto de Portugal ser "um país aberto ao mundo", o que faz com que esteja exposto "aos riscos que proveem de regiões onde a vacinação ainda não alcançou níveis" como o do país.
A comitiva do PS foi a última a ser recebida pelo primeiro-ministro, António Costa, que terminou hoje uma ronda pelos partidos com assento parlamentar a propósito das medidas a implementar para travar a evolução dos contágios com o novo coronavírus.