O líder parlamentar socialista entende que a ideia de criar uma uma agência nacional para ajudar os portugueses que queiram emigrar é inaceitável e um sinal de desistência.
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O PS não leva a sério a sugestão do eurodeputado do PSD, Paulo Rangel, que a noite passada sugeriu a criação de uma agência para promover a emigração de portugueses.
Em declarações à TSF, Carlos Zorrinho, líder parlamentar socialista, classificou de inaceitável esta ideia, frisando tratar-se de um sinal de desistência.
«O Governo só pode estar a brincar com os portugueses. Houve uma reunião de onze horas cujo objectivo era lançar uma nova etapa de mobilização e o que surgiu dessa reunião foi um conjunto de medidas avulso que só servem para amedrontar os portugueses. Num tempo como este não ter nenhuma resposta política, é muito preocupante», afirmou Zorrinho.
«Obviamente, que quem quer deixar o país pode recorrer a esses mecanismos, mas a questão de fundo é a mensagem, é o sinal que se passa, é o sinal de desistência, de 'não temos nada para vos dar neste país partam para outro'. Tudo isto põe em causa todos os nossos sistemas, é de facto inaceitável», contestou.
Carlos Zorrinho entende que emigrar pode ser uma solução num ou outro caso mas não como ideia política de fundo.
«Num determinado contexto, numa decisão pessoal, no quadro de processos de cooperação, tudo isso é normal. Agora ser a emigração a linha-chave de um discurso político para o futuro do país? Não, não pensamos que seja», vincou o líder parlamentar do PS.