Vitalino Canas nem quer pensar na hipótese de Portugal ter um governo liderado por um primeiro-ministro e um presidente da Assembleia da República inexperientes.
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O dirigente socialista reagiu, esta segunda-feira, ao facto de Fernando Nobre ser o cabeça de lista do PSD em Lisboa e poder vir a ser a segunda figura da hierarquia do Estado.
«É óbvio que na Assembleia da República deve presidir alguém com experiência», como um deputado «prestigiado» e «reconhecido pelos seus pares, até porque é eleito pelos outros deputados», defendeu o socialista.
Vitalino Canas mostrou-se preocupado com o facto de Portugal poder vir a ter «um primeiro-ministro totalmente inexperiente», se Passos Coelho vencer as eleições, e ainda um «presidente da Assembleia da República completamente desconhecedor da forma como aquela casa funciona».
Para o socialista, o PSD procura «dar a impressão que está a alargar o seu espectro» a outros sectores.
Além disso, criticou, Passos Coelho anunciou o nome de Fernando Nobre «em cima do congresso do PS», para tentar, sem sucesso, «tirar algum impacto a esse congresso».
Vitalino Canas avisou ainda que as ideias defendidas pelo presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) durante a campanha para as presidenciais são «contraditórias com aquilo que o PSD defende nesta altura em termos de evolução da sociedade».