Logo no início da votação na especialidade das propostas de alterações ao Orçamento Suplementar, os socialistas solicitaram o adiamento para amanhã de algumas propostas mais polémicas da oposição.
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É o sinal de que ainda decorrem as negociações sobre a votação do Orçamento suplementar: o deputado socialista Fernando Anastácio pediu o adiamento de vários pacotes de propostas que incluem, por exemplo, o apoio aos sócios-gerentes, o apoio extraordinário aos trabalhadores informais, entre outras.
No arranque do debate o PS voltou a insistir na mensagem de que as eventuais alterações ao Orçamento Suplementar "não devem colocar em causa as contas públicas".
O PS considera que o Orçamento Suplementar "é um instrumento útil para resolver os problemas do país" mas não devem ser aprovadas propostas que "acarretam o aumento muito significativo da despesa pública que coloque em causa as contas públicas"
O pedido foi viabilizado pelas restantes bancadas e o PSD disse esperar que este adiamento signifique "a disponibilidade do PS para aprovar algumas das medidas".
O deputado social-democrata Duarte Pacheco garante que o PS foi "contido" e visou apenas "melhorar a proposta do Governo".
Existe a expetativa que em matérias como a alargamento do apoio aos sócios-gerentes possa existir uma maioria de votos que contrarie a vontade do PS.
A votação das propostas de alteração ao Orçamento Suplementar na especialidade arrancou esta terça-feira na Comissão de Orçamento e Finanças, podendo estender-se até quarta-feira.
Para sexta-feira está marcada a votação final global do documento, cuja proposta do Governo foi aprovada na generalidade em 17 de junho apenas com os votos contra de CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal, que representam sete dos 230 deputados.
Só a bancada do PS votou a favor, mas PSD, BE, PCP, PAN, PEV e a deputada não inscrita, Joacine Katar Moreira, abstiveram-se na votação do documento, que se destina a responder às consequências económicas e sociais provocadas pela pandemia de Covid-19.
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