Luís Montenegro condena a iniciativa do Chega e pede soluções aos deputados sociais-democratas.
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O PSD vai abster-se na moção de cesura apresentada pelo Chega ao Governo socialista, e Luís Montenegro não poupa nas críticas. De "criancice" a "brincadeira", o presidente do PSD pede aos 77 deputados social-democratas que se concentrem em "soluções".
Na primeira reunião da bancada parlamentar social-democrata após a pausa de verão, Luís Montenegro foi o convidado de honra e, ao que a TSF apurou, no discurso colocou um travão às intenções do Chega.
"É uma criancice de moção. Pré-anunciada com meio ano de antecedência, é uma infantilidade. O partido proponente vai gastar a sua oportunidade na primeira semana para depois se andar a queixar um ano", disse.
Para o líder do PSD, a iniciativa do Chega é uma "moção melhoral", já que "nem faz bem, nem faz mal", mas "alivia as dores do Governo momentaneamente" quando a maioria absoluta do PS se levantar para votar contra.
Além disso, referiu o líder social-democrata, o PSD "não brinca às moções, apresenta soluções", deixando várias quetões aos deputados: Esta moção vai fazer baixar as prestações das famílias?; Esta moção vai fazer baixar os preços dos alimentos e da habitação?; Esta moção acaba com o assalto fiscal?; Esta moção de censura resolve os problemas do serviço nacional de saúde?".
Para o novo ano político, Luís Montenegro mostra-se convencido que "os olhos dos portugueses vão estar colocados no PSD", porque "o PSD é o partido classe média". E, nesta altura, a classe média "está asfixiada pelos impostos".
A prioridade é baixar os impostos sobre o rendimento. Eu quero que os portugueses percebam e tenham a certeza: esta é a nossa prioridade", atirou.
A abstenção não é uma novidade, já que o PSD absteve-se nas duas moções de censura apresentadas ao atual Governo: a primeira, do Chega, em julho do ano passado e a segunda, proposta pela IL, em janeiro.
Notícia atualizada às 13h46