O PSD elogia o discurso «responsável» e «galvanizador» do Presidente da República, afirmando que o país não precisa de «claque pessimista», enquanto o CDS-PP concorda com a necessidade do país se preparar para o "pós-troika".
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A vice-presidente do PSD, Teresa Leal Coelho, teceu hoje vários elogios ao discurso de Cavaco Silva no Dia de Portugal, em Elvas.
«O senhor Presidente da República teve um discurso muito responsável, muito galvanizador», afirmou.
Teresa Leal Coelho afirmou ainda que o chefe de Estado recusou exercer «uma magistratura negativa e conflitual» e defendeu que «em vez de uma claque pessimista», o que o país precisa é que seja feita «uma reflexão sobre as questões cruciais e essenciais», nomeadamente mostrar a reconversão de Portugal desde a adesão à União Europeia.
«O Presidente da República hoje foi um Presidente da República da esperança e da realização de Portugal», sublinhou.
Questionada sobre as vaias que o primeiro-ministro e o Presidente da República ouviram esta manhã, Teresa Leal Coelho desvalorizou a situação.
«É natural que haja protesto neste momento difícil de Portugal, sobretudo porque muitos portugueses ainda não perceberam que este é o caminho que pode reconverter Portugal para condições de sustentabilidade e, nessa medida o momento, que estamos a viver, sobretudo o drama do desemprego leva a que as pessoas estejam insatisfeitas e preocupadas», declarou.
Já a deputada do CDS-PP, Cecília Meireles defendeu hoje que, neste momento, o essencial para Portugal é «recuperar a soberania» nacional e «encontrar um consenso» nas soluções, «tanto do presente como do futuro».
«Concordo com o Presidente da República quando fala na necessidade de prepararmos um período de recuperação da autonomia financeira, de recuperação da soberania de Portugal», disse a deputada.
Questionada sobre o discurso do Presidente da República, Cavaco Silva, na cerimónia, a deputada do CDS-PP disse ter visto a intervenção «com muito agrado» e qualificou-a como «realista» e «virada para o futuro».
A parlamentar escusou-se a comentar os apupos com que o primeiro-ministro foi recebido hoje de manhã em Elvas: «Não tenho que comentar isso, como calculará».