A intenção dos partidos da maioria foi anunciada por Marques Mendes na TVI 24. O Bloco de Esquerda disse à TSF que não vê a utilidade desta proposta.
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De acordo com Luís Marques Mendes, o PSD e o CDS-PP pretendem envolver nesta comissão todos os partidos com representação parlamentar.
No comentário semanal, na TVI 24, o antigo presidente do PSD, anunciou que os grupos parlamentares dos partidos da maioria vão propor à Assembleia da República a criação de uma comissão eventual para discutir a reforma do Estado e os cortes de 4000 milhões na despesa pública.
Esta manhã, o Diário Económico conta que a proposta conjunta do PSD e do CDS-PP vai ser apresentada esta sexta-feira. O jornal acrescenta ainda que a maioria quer que seja o PS a liderar esta comissão de acompanhamento da reforma do Estado.
Na reação a esta proposta de criação de uma comissão eventual de acompanhamento, o Bloco de Esquerda não vê a utilidade da proposta.
Em declarações à TSF, Pedro Filipe Soares considera que «não é uma vantagem do ponto de vista do trabalho parlamentar (...) mais parece uma tentativa de desresponsabilização dos partidos do que um verdadeiro acompanhamento de qualquer debate que possa acontecer».
Ontem à noite, Marques Mendes divulgou também que depois do estudo do FMI que aponta os setores onde devem ser feitos cortes na despesa, o Governo pediu também a intervenção da OCDE para trabalhar no aprofundamento desse estudo.
O antigo líder social democrata deixou ainda críticas à forma como foi divulgado o relatório do FMI e o facto de terem surgido várias declarações contraditórias por parte de governantes, o que demonstra que «dentro do Governo falta coordenação».
Marques Mendes deixou ainda a sua opinião sobre o relatório do FMI, um documento útil mas incompleto: «Fala sobretudo em redução de pessoas e reduções de benefícios sociais» e pouco em «reduções de estruturas do Estado e de revisão de funções do Estado».
Notícia atualizada às 10h24