Prémios financeiros e mais dias de férias são a proposta do PSD para recompensar quem trabalha na linha da frente do combate à Covid-19.
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O deputado do PSD Ricardo Baptista Leite considera que o país estará para sempre em dívida para com os profissionais de saúde e defende que deve ser paga uma compensação a que tem estado da linha da frente para enfrentar a pandemia.
Subscritor de um projeto de resolução do PSD, para atribuir compensações extraordinárias a estes profissionais, o deputado afirma, em declarações à TSF, que a retribuição financeira é o mínimo que o Estado pode fazer para agradecer o esforço destes profissionais.
"O país já o reconheceu nas palavras, mas também tem que o reconhecer em atos", defendeu Ricardo Baptista Leite.
"Não haverá recompensação financeira que permita garantir esse reconhecimento pleno, mas é fundamental haver um primeiro passo", afirmou o deputado.
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O PSD entrega, por isso, um projeto de resolução que recomenda ao Governo um reconhecimento de todos aqueles que estiveram a combater a Covid-19 no Serviço Nacional de Saúde (SNS), através de compensações financeiras, de mais dias de férias e de medalhas de comportamento exemplar.
"Aquilo que nós propomos é que haja um prémio de desempenho, pago uma única vez, até ao final do primeiro semestre de 2021, correspondente ao valor de 50% da remuneração-base do trabalhador ao qual foi atribuído", explica Ricardo Baptista Leite.
"Soma-se a isto um dia de férias por cada 80 horas de trabalho normal efetivamente prestadas no período em que se verificou a situação de calamidade pública e um dia de férias por cada 48 horas de trabalho suplementar também prestados no decorrer do estado de emergência", acrescenta.
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A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) já tinha vindo propor que os setores que têm estado na linha da frente do combate à Covid-19 (como a PSP, GNR, médicos e enfermeiros) e se unissem para pedir ao Governo uma compensação pelo esforço feito durante a pandemia.
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Há cerca de um mês, quando questionado sobre se estaria a ser estudada alguma compensação para agradecer o trabalho destes profissionais, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, reconheceu que a questão pudesse ser "ponderada a médio-prazo", mas não de momento, quando há portugueses a "passar dificuldades".