O PS entende que o Congresso do PSD foi «virado para o passado», ao passo que o PCP lembrou que não se pode falar em esperança. O CDS faz uma leitura diferente.
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O líder parlamentar do PS considerou que o Congresso do PSD foi «virado para o passado» e lembrou que Passos Coelho «disse aos portugueses para voltar à casa de partida, ou seja, convidou-nos para um compromisso para o empobrecimento.
Carlos Zorrinho entende ainda que o discurso do líder social-democrata foi «sem chama e sem uma ideia para Portugal, sem uma meta e sem uma ambição».
«Portugal não tem de voltar à casa de partida, tem de estabelecer uma meta e chegar a essa meta», acrescentou este dirigente socialista, que assinalou que «dois terços deste congresso foi a criticar o PS».
Já o comunista Armindo Miranda considerou que, ao contrário do que Passos Coelho disse, não se pode falar em recuperação económica nem em «esperança» para Portugal nas atuais condições do país.
«Isto vai aprofundar todos os desastres económicos e sociais que o nosso país já é vítima», afirmou o representante do PCP no Congresso do PSD, que lembrou as 40 mil pequenas empresas que foram à falência em Portugal em 2011.
Por seu lado, Nuno Melo, do CDS-PP, assinalou que o discurso do líder social-democrata foi «mais de um primeiro-ministro do que de um líder partidário.
«Até tocou em valores que podem ser muito importantes para o CDS, como o patriotismo com que os portugueses têm sabido dar o seu esforço para esta situação tão difícil», explicou.
Nuno Melo assinalou ainda as referências feitas por Passos à «ética social na austeridade» que está ligada a «batalhas» do CDS como a «majoração do subsídio de desemprego quando os membros ativos do casal estão nessa situação».
Também presente no Congresso, João Proença, presidente da UGT, disse ter registado as palavras de Passos Coelho «quanto ao acordo tripartido para o crescimento, a competitividade e emprego. Mas é fundamental que se respeitem os acordos».
O Bloco de Esquerda não se fez representar no Congresso e promete uma reação para mais tarde.