A Esquadra de Segurança Ferroviária -- Devesas, em Vila Nova de Gaia, está temporariamente encerrada.
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Há cinco agentes da Polícia de Segurança Publica (PSP) infetado e quase 250 estão em casa de prevenção. Os números foram revelados pelo porta-voz nacional da PSP, intendente Nuno Carocha, esta manhã, na TSF.
"Temos cinco casos positivos, quase duas centenas de pessoas em quarentena. Temos sido extremamente rigorosos nesse campo: assim que um dos nossos profissionais avisa que esteve num contexto de risco, sinalizamos, de imediato, essa pessoa às autoridades de saúde e encaminhamos para quarentena", contou à TSF o porta-voz nacional da PSP.
Mais tarde, a polícia atualizou os dados e em comunicado, a direção nacional da PSP especifica que, até ao momento, há a confirmação de sete profissionais (cinco polícias e dois técnico sem funções policiais) infetados com o novo coronavírus e cerca de 250 elementos desta polícia estão em quarentena.
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Esta força de segurança dá conta que "foram contagiadas fora do contexto profissional" e que foram seguidos os protocolos em vigor, tendo sido de "imediato encaminhadas para isolamento" as pessoas que mantiveram contato direto ou partilharam o mesmo espaço de trabalho com os infetados.
Segundo a PSP, 11 polícias foram sujeitos a testes médicos, após apresentarem sintomas, e os resultados foram negativos.
A Esquadra de Segurança Ferroviária -- Devesas, em Vila Nova de Gaia, está temporariamente encerrada, uma vez que um polícia desta instalação policial está infetado com a Covid-19 e todos os outros 20 polícias que mantiveram contato direto com o agente infetado entraram em isolamento imediato até conhecimento dos resultados dos testes epidemiológicos, acrescenta o mesmo comunicado.
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Desde que foram implementadas as medidas de prevenção contra a Covid-19, têm sido registado menos crimes, mas a PSP teme que nos próximos tempos a violência doméstica possa crescer.
"Estamos muito atentos à violência doméstica. O confinamento das famílias pode levar a um aumento da tensão, o que faz com que este crime possa crescer", alerta Nuno Carocha.
"Não obstante estarmos a incentivar as pessoas para utilizarem os meios não presenciais para contactar a PSP, estamos também disponíveis para acolher as pessoas e estamos muito atentos a qualquer pedido de ajuda", sublinha.
Já a sinistralidade rodoviária caiu a pique, conta o porta-voz da polícia, e a explicação é simples: "Há menos movimento e os condutores andam mais atentos".
Também o número de assaltos registou uma diminuição nos últimos dias. "As pessoas estão em casa, as redes de vizinhança estão a ressurgir, há entreajuda e apoio", justifica o representante da PSP. "Está a ser muito gratificante assistir a isso."
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"É um movimento que apoiamos, com muito agrado, com o nosso policiamento de proximidade. Havendo mais vigilância, com menos população na rua e com a nossas presença, também este tipo de criminalidade está sofrer quedas muito relevantes", salienta o intendente da PSP.
De resto, Nuno Carocha conta que o incumprimento das normas em vigor durante o estado de emergência é residual. "A esmagadora maioria da população está a cumprir o recolhimento. Os comportamentos que levaram às detenções e os comportamentos que vimos na Póvoa do Varzim são casos muito pontuais."
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Apesar de uma grande parte dos portugueses estar no seu domicílio, há quem não possa trabalhar a partir de casa e a esses as autoridades pedem especial cuidado. "Temos sensibilizado as pessoas e os operadores de transporte rodoviário. Quem não pode aderir ao teletrabalho e tem mesmo que se deslocar para os locais físicos da sua prestação de serviço não se exponha e não contribua para o aumento das redes de contágio", apela Nuno Carocha.
Notícia atualizada às 14h13
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*com Lusa