
grande entrevista dn tsf a antonio arnault por joao marcelino e paulo baldaia coimbra 27 fevereiro de 2009 carlos jorge monteiro
António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde (SNS), cofundador do PS e antigo ministro dos Assuntos Sociais, morreu esta segunda-feira em Coimbra, aos 82 anos.
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Marcelo Rebelo de Sousa decretou luto nacional devido à morte de António Arnaut e lembrou o "pai do SNS" como um "cidadão impoluto" que foi um "lutador pela liberdade e pela democracia" e "criador do Serviço Nacional de Saúde (SNS)".
"Eu tive a honra de o condecorar com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e queria, como amigo, recordar com saudade a pessoa e agradecer-lhe tudo o que fez por Portugal", afirmou o chefe de Estado.
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António Costa decretou luto partidário, com a bandeira socialista a meia haste em todas as sedes de país. Um homenagem aquele que será recordado como "o pai" do SNS, resistente à ditadura e militante socialista "honrado".
"Para sempre" o nome de António Arnaut "será indissociável da conceção e criação do Serviço Nacional de Saúde, grande conquista do Portugal de Abril", destacou o secretário geral do PS numa nota enviada à agência Lusa.
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"Fica na mão de todos e cada um de nós, contribuir para revitalizar, para salvar, como ele costumava dizer, o SNS", apelou Miguel Guimarães. "António Arnaut esteve empenhado nesta missão até ao fim."
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"O país não se pode esquecer do exemplo" do fundador do SNS. Há que "honrar a sua memória" através de processos políticos "a favor do interesse público, dos mais pobres e dos mais vulneráveis", destacou ainda Francisco George.
Também Adalberto Campos Fernandes destaca o exemplo de António Arnaut, "um lutador" pelo estreitar das desigualdades.
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O presidente da Assembleia da República considerou que o fundador do PS António Arnaut personificava o conceito de "ética republicana", destacando que foi até ao seu último dia um militante ativo da causa dos direitos sociais.
Para Ferro Rodrigues, António Arnaut "personificava, como poucos, o conceito de ética republicana". Numa nota enviada às redações, o presidente da Assembleia da República lembrou recordou o responsável por "uma das principais conquistas sociais da democracia portuguesa".
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Rui Rio destacou a importância de António Arnaut "na democracia, particularmente no pós 25 de Abril, independentemente de ter sido o criador do Serviço Nacional de Saúde". "Todos nós portugueses temos que agradecer, mas acima de tudo foi um grande democrata e presidente do Partido Socialista".
Carlos César evocou o socialista como um "apaixonado" pela causa da saúde pública e um "representante do sentido humanista" que a política deve ter.
"Com o desaparecimento de António Arnaut, fundador do PS, nosso presidente honorário, sobretudo nosso presidente afetivo, desaparece uma parte muito significativa da nossa memória do presente", lamentou o presidente do PS, apelando a "responsabilidade" para seguir uma trajetória "humanista" no PS.
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"Todos ficamos unidos nessa perda, uma perda também pelo que é a nossa saúde e hoje tanto temos de batalhar em Portugal para que o SNS funcione melhor", destacou Assunção Cristas em declarações aos jornalistas em Viana do Castelo, à margem de uma visita no âmbito das jornadas parlamentares do CDS.
Para Manuel Alegre, apresentar António Arnaut como o pai do serviço nacional de saúde é muito redutor. Em declarações à TSF, o histórico socialista destaca "um grande cidadão, um humanista, um homem para quem o socialismo e a democracia não era apenas palavras, eram uma forma de vida".
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O antigo secretário de Estado da Saúde José Martins Nunes destaca António Arnaut como "uma das personalidades mais marcantes do Portugal democrático e uma das maiores reservas éticas e morais do país", disse à Lusa.
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