"Recuperei a liberdade de imprensa." Fotógrafo relembra 25 de Abril como "o dia mais feliz"
Quando se deu a Revolução do 25 de Abril, em 1974, Alfredo Cunha era fotógrafo no jornal O Século. Em declarações à TSF, relembra que viveu "situações de censura muito complicadas" em trabalho.
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No dia em que Portugal assinala 17.500 dias de democracia, Alfredo Cunha que se destacou pelo registo fotográfico que fez da Revolução de 1974, lembra à TSF como esse dia garantiu a liberdade de informar.
"Eu vivi situações de censura muito complicadas no meu trabalho. Reportagens importantes completamente canibalizadas e sem sentido. O dia do 25 de Abril, que nos traz a democracia, foi o dia mais feliz da minha vida, porque eu tinha 20 anos e recuperei a liberdade, nomeadamente a liberdade de imprensa", recorda.
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Em 1974, Alfredo Cunha trabalhava para o jornal O Século, de câmara Nikon em punho, e tirou 40 rolos de fotografias icónicas da Revolução.
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As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 começam esta quarta-feira com uma sessão solene em que serão condecorados militares da "revolução dos cravos" e na quinta-feira evoca-se a crise académica de 1962.
Esta quarta-feira, pelas 17h00, no Pátio da Galé, em Lisboa, haverá uma sessão solene que tem como primeiro momento a condecoração de militares de Abril pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
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As três principais figuras institucionais, o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa, farão a seguir intervenções.
As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril vão prolongar-se até dezembro de 2026, quando se assinalar meio século das primeiras eleições autárquicas realizadas em Portugal.
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