Estava prevista a passagem do navio por 22 portos de 19 países diferentes mas o navio-escola Sagres só conseguiu passar por seis países, antes de iniciar viagem de regresso a Lisboa.
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O navio-escola Sagres já deu meia volta para regressar a Lisboa depois da viagem de celebração dos 500 anos da circum-navegação de Fernão de Magalhães ter sido interrompida devido ao risco da covid-19.
A notícia do regresso a Portugal não foi uma surpresa mas, ainda assim, foi recebida "com alguma tristeza" pelas 142 pessoas a bordo do navio-escola Sagres
Em entrevista à TSF, o comandante do navio-escola Sagres, Maurício Camilo, explica que os tripulantes estavam "sintonizados e focados na viagem com cerca de um ano e que estava a correr muitíssimo bem em termos do que era a expetativa do gestor de programa no portos e da navegação".
Previa-se que o navio passasse por 19 países mas só conseguiram chegar até seis. A Sagres saiu de Buenos Aires a 3 de março com a situação da covid-19 ainda calma no continente americano mas 23 dias depois, quando chegaram à África do Sul, perceberam que as coisas tinham mudado.
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"Tivemos apenas cerca de oito horas atracados na Cidade do Cabo, tivemos contacto com pouquíssimas pessoas. Tudo aquilo que entrou a bordo foi desinfetado", explica o comandante, garantindo que toda a gente a bordo da Sagres se encontra bem de saúde.
O comandante Maurício Camilo refere que apesar da mudança de planos, o navio-escola conseguiu cumprir um dos principais objetivos da viagem já que "teve uma grande aderência por parte de todas as entidades locais e por todos os portugueses que vivam nos países onde nós passamos".
A chegada a Lisboa está prevista para a primeira quinzena de maio, dependendo das condições meteorológicas. A Sagres pretende fazer uma paragem curta em Cabo Verde para reabastecimento mas o comandante não põe de parte a possibilidade de fazer toda a ligação a Lisboa toda de seguida, caso tenham autonomia.