O ministro confirmou ter estado presente numa reunião entre a empresa Finertec, da qual foi administrador, e a Ongoing, que esteve representada, entre outros, por Silva Carvalho.
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A realização de uma reunião entre estas duas empresas, com a participação de Miguel Relvas e de Jorge Silva Carvalho, foi noticiada hoje pela revista Visão, na sua edição online.
Ouvido pela segunda vez na Comissão de Assuntos Constitucionais do Parlamento para esclarecer as suas ligações ao ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e atual quadro da Ongoing Jorge Silva Carvalho, Miguel Relvas reiterou que só o conheceu «em abril de 2010», depois de ter assumido funções como secretário-geral do PSD.
O ministro-Adjunto reiterou também que manteve «contactos sociais com ele em lugares públicos durante esse período» e em seguida adiantou que «em março de 2011 teve lugar uma reunião de trabalho de negociação entre duas empresas», a Finertec e a Ongoing, na qual participou, assim como Silva Carvalho.
«Pela Finertec, estiveram presentes o doutor Braz da Silva, o doutor Carlos Dias e eu próprio. Pela Ongoing, estiveram presentes o doutor Nuno Vasconcellos, o doutor Rafael Mora, a doutora Rita Marques Guedes, e outro representante, de quem não me recordo. Ainda pela Ongoing, esteve presente o doutor Jorge Silva Carvalho», afirmou.
Miguel Relvas fez questão de assinalar que a sua ligação à Finertec «terminou no dia 5 de maio de 2011» e reafirmou que desde que tomou posse como ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, no dia 5 de junho do ano passado, só esteve uma vez com Silva Carvalho, «em agosto de 2011, numa festa de aniversário no Algarve em que participaram dezenas de pessoas».
«Não mantive nenhuma relação estreita com o doutor Jorge Silva Carvalho nem ele foi alguma vez meu consultor», acrescentou.
O ministro-Adjunto voltou também a afirmar nunca ter recebido «nenhum relatório com indicação de nomes para os serviços de informações» e não ter respondido às mensagens telefónicas recebidas de Silva Carvalho com «sugestões de nomes» para os serviços de informações: «Não respondi a essas mensagens e elas não tiveram consequência de qualquer espécie».
Miguel Relvas sublinhou que, «como é do conhecimento público, nenhum desses nomes consta das nomeações feitas pelo atual Governo, tendo, aliás, dois deles sido exonerados».
Por outro lado, o ministro-Adjunto acentuou que o seu nome «não figura no despacho de acusação em que é arguido o doutor Silva Carvalho», adiantando que teve confirmação desse facto através de «uma nota de esclarecimento» do Departamento de Investigação e Ação Penal, da qual disse ter dado conhecimento ao presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, para que a mesma fosse distribuída aos deputados.