Primeiro-ministro pediu para ser recebido por Manuel Clemente.
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Mesmo depois de terminar o estado de emergência, dia 2 de maio, devem manter-se restrições e cuidados nas celebrações religiosas.
A Igreja católica foi um exemplo de como não necessitou do estado de emergência para impor as regras essenciais de afastamento e de contenção", destaca António Costa à saída de uma reunião com o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente esta manhã, no Seminário dos Olivais, em Lisboa.
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O primeiro-ministro tenciona também reunir-se com outras confissões religiosas para decidir como vão decorrer as celebrações previstas para o mês de maio.
Na reunião foram analisadas a resposta à pandemia e a forma como serão levantadas as restrições impostas à prática coletiva da fé, incluindo a proibição de missas comunitárias e o adiamento de casamentos e batizados.
"Até haver uma vacina não vamos retomar a vida normal. Mesmo sem estado de emergência não vamos poder viver como vivíamos anteriormente", lembra.
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Questionado sobre a polémica em torno da cerimónia do 25 de Abril no Parlamento, o primeiro-ministro comenta que os ânimos estão demasiado tensos, talvez culpa do confinamento.
"Estamos a chegar a uma fase, por cada vez maiores necessidades económicas e sociais, por cada vez maior cansaço e fadiga relativamente às medidas de contenção, está tudo a ficar excessivamente nervoso para o que é recomendável depois da forma exemplar como temos vivido."
Sem se querer pronunciar diretamente sobre a polémica, António Costa pede "bom senso" e ressalva que a Assembleia da República tem "mantido o funcionamento normal com os condicionamentos próprios desta circunstância."
"Não é momento para divisões", apela. "É momento para todos nos mantermos unidos."
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