Comunistas criticam o timing da proposta apresentada pelo PS por entenderem que este é um momento que deve ser de concentração no Orçamento do Estado.
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O PCP também vai a jogo no processo de revisão constitucional, mas critica o PS por avançar com uma proposta num momento em que a prioridade é a economia do país. Os comunistas admitem o processo "é precipitado" e acusam os socialistas de "darem aval" ao Chega, que deu o pontapé de saída.
Esta tarde, a líder parlamentar Paula Santos admitiu que a abertura do processo de revisão constitucional é, para já, prematuro. O partido vai apresentar publicamente o seu projeto a seu tempo, mas só depois do período de discussão orçamental.
"A abertura de mais um processo de revisão constitucional é uma decisão precipitada, sem qualquer urgência, e estão em vista objetivos de desvirtuamento e mutilação da própria Constituição e dos direitos que consagra. Objetivos que o PS, com a maioria absoluta decidiu dar aval e oportunidade de concretização", disse.
De qualquer forma, a iniciativa comunista terá, de acordo com as regras, de dar entrada até ao final desta sexta-feira, pelo que "concretizando-se o processo, apesar dos termos, o PCP intervirá".
Paula Santos não dá destaque a qualquer proposta, mas salienta que o partido "vai defender os valores de Abril" e "aprofundar o projeto futuro": "Vamos fazer um firme combate a conceções antidemocráticas que visam impor retrocessos".