Ritmo de vacinação avança e já ultrapassa em 30% igual período do ano passado
Na farmácia Crespo Santos, em Faro, todos os dias são administradas várias doses de vacinas.
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Jorge Lopes foi esta segunda-feira à farmácia que costuma frequentar agendar a sua vacina contra a Covid-19. Vai deixar a da gripe para depois. "A vacina da gripe tem um período de proteção de dois ou três meses. Já não vai abranger o mês de janeiro e fevereiro", argumenta. "Vou agendar a minha vacina da gripe para mais tarde, dezembro, talvez", aponta.
A Direção-Geral da Saúde considera, no entanto, que as pessoas devem vacinar-se para a gripe e Covid-19 o quanto antes, até porque, por vezes, em anos anteriores, o pico da gripe surgiu mais cedo.
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Nesta farmácia em Faro começou bem cedo o agendamento. "Nos finais de agosto, princípios de setembro, já andam as perguntas (...) a maior parte de [pessoas] acima dos 65 anos", explica Rosa Bandarra, técnica farmacêutica. "Era ainda desconhecido para a maior parte das pessoas que este ano [a vacinação] era para utentes acima dos 60 anos, e algumas pessoas ficaram surpreendidas e conseguem fazê-lo gratuitamente", adianta.
Nesta farmácia, até agora, já foram administradas 520 doses de vacinas contra a gripe e 400 contra a Covid. Rosa Bandarra explica que são muitos os argumentos dos utentes para não fazerem a vacina para o novo vírus: já fizeram vários reforços e consideram que não precisam de outro, que não querem tomar as duas vacinas em simultâneo e deixam a da Covid para mais tarde, ou porque em anteriores ocasiões tiveram reações adversas. Não é o caso de Jorge Lopes. Agendou a toma do 5.º reforço da vacina contra a Covid. "Há os como eu, a minha mulher, os meus filhos e toda a família, que se vacinam", diz a rir.
Até agora, nas farmácias e centros de saúde, já foram administradas mais de 2 milhões e 500 mil vacinas, mais 30% do que o número atingido em igual período do ano passado.