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O Ministro dos Negócios Estrangeiros foi, há 30 anos, um dos subscritores do Tratado de Adesão. Na TSF reconhece que Portugal podia ter aproveitado melhor as ajudas enviadas por Bruxelas, mas o balanço global é positivo.
Rui Machete diz que a assinatura que deixou há 30 anos no Tratado de Adesão de Portugal à CEE, foi a mais importante da sua carreira política. Rui Machete era Vice-primeiro ministro no governo liderado por Mário Soares.
" Foi a mais significativa. Foi o culminar de muitas esperanças acalentadas por várias gerações há muitos anos. Foi muito importante. O país progrediu muito".
A cerimónia decorreu a 12 de junho de 1985. Portugal tornava-se então o 11º membro da Comunidade Económica Europeia (CEE). Mário Soares era Primeiro-ministro, Rui Machete Vice-primeiro-ministro, Jaime Gama, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Ernâni Lopes, responsável pelas negociações de adesão de Portugal à CEE. Os quatro assinaram o tratado em Lisboa, no Mosteiro dos Jerónimos.
Ouvido na manhã informativa da TSF, o atual Ministro dos Negócios Estrangeiros reconheceu, ainda, que houve erros cometidos nesta caminhada e as opções tomadas nem sempre foram as mais corretas.
Rui Machete falou em "erros cometidos pelo governo português, por outro lado, também pela União Europeia, contingências internacionais. Tudo isto levou a que nem todas as esperanças se concretizassem. O crescimento económico foi grande nos primeiros tempos, mas as ajudas nem sempre foram aproveitadas devidamente".
O titular da diplomacia portuguesa, reconhece, neste capítulo das ajudas, que "as opções não foram sempre as mais desejadas".