António Sampaio da Nóvoa garante que está disposto a dar tudo pelo país num tempo, afirma, em que muita gente se esconde por comodismo ou por calculismo.
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O antigo reitor da Universidade de Lisboa defende a necessidade de um novo ciclo político em Portugal e considera que as forças partidárias não estão a ser capazes de responder a esse desafio. Por isso, garante que não se vai esconder se sentir que pode contribuir para a mudança.
Em entrevista ao Jornal de Notícias, Sampaio da Nóvoa admite que a candidatura à Presidência da República não depende só dele. Tem de reunir uma vontade coletiva, da sociedade civil e das forças politicas, e é nessa perspetiva, confessa, que pensa em Ramalho Eanes quando equaciona avançar.
Diz que se assumir que é candidato o vai fazer ainda este mês porque o momento de brincar ao esconde esconde tem de acabar.
Nesta entrevista ao JN, Sampaio da Nóvoa define um perfil para o Presidente: diz que tem de ser capaz de ouvir, andar no terreno, apropriar-se dos problemas das pessoas e resolvê-los.
O Presidente da República, diz Sampaio da Nóvoa, tem de ter também uma ação diplomática que projete Portugal no mundo e deve abraçar causas de liberdade, de luta contra a pobreza e de luta pela educação.
Ontem, Mário Soares disse apoiar uma eventual candidatura de Sampaio da Nóvoa. Contactado pela TSF, o antigo presidente do Conselho de Reitores, Adriano Pimpão, diz guardar uma boa impressão dos tempos em que discutia questões ligadas à educação com Sampaio da Nóvoa. Agora membro do conselho económico e social, Adriano Pimpão acredita que Sampaio da Nóvoa tem todas as condições para ser um bom candidato à Presidência da República.