Santos Silva engana-se. Afinal, quem vem a Portugal é o presidente do Parlamento da Ucrânia e não Zelensky
O presidente da Assembleia da República enganou-se inicialmente, dizendo que tinha convidado o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para vir a Portugal em vez do presidente do Parlamento ucraniano, Ruslan Stefanchuk.
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O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, convidou o Presidente do Parlamento ucraniano, Ruslan Stefanchuk, a visitar Portugal e discursar no Parlamento. A revelação foi feita pelo próprio Santos Silva, esta sexta-feira de manhã, em plenário.
Inicialmente, Santos Silva enganou-se e disse ter convidado o "Presidente da Ucrânia a visitar Lisboa", um convite que tinha sido "imediatamente aceite". Mas mais tarde corrigiu-se, afirmando que o convidado é Ruslan Stefanchuk, o seu homólogo ucraniano.
"Aparentemente ter-me-ei equivocado, peço desculpa. Evidentemente que fiz o convite ao presidente do Parlamento da Ucrânia e não ao Presidente da Ucrânia porque convido presidentes de Parlamento. Fica o equívoco sanado", esclareceu Santos Silva.
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O presidente do Parlamento adiantou também que ofereceu à Ucrânia a ajuda dos serviços da Assembleia da República no processo de candidatura e adesão do país à União Europeia. Na terça e quarta-feira, Augusto Santos Silva esteve em visita à capital ucraniana, onde se encontrou com o Presidente Zelensky. Uma visita em que foi acompanhado por representantes dos grupos parlamentares, mas da qual deixou de fora o Chega e o PCP.
Durante esta visita, o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmygal, apelou às empresas portuguesas para que invistam no país, para ajudarem na reconstrução do país após a guerra.
"Convidei as empresas portuguesas a investirem agora no nosso país, porque a recuperação da Ucrânia será o maior projeto desde a Segunda Guerra Mundial", disse Shmygal, que admitiu esperar o apoio de Lisboa para a "integração europeia da Ucrânia e para as aspirações de uma integração euro-atlântica".
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O chefe do Governo ucraniano expressou ainda a sua gratidão às autoridades portuguesas pelo apoio financeiro, humanitário e de sanções contra a Rússia.
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Notícia atualizada às 14h06