Saúde em Portugal? "É um embaraço que embaraça as bodas de ouro do 25 de abril"
Rui Valério vê com desagrado a crise no setor e pede que seja dada "prioridade" e "centralidade" ao assunto.
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O patriarca de Lisboa, Rui Valério, confessou esta segunda-feira que os problemas no setor da saúde, em Portugal, lhe causam "um grande embaraço", principalmente quando as celebrações dos 50 anos do 25 de Abril se aproximam.
Rui Valério falava aos jornalistas à margem da cerimónia de arranque da obra do Plano Geral de Drenagem de Lisboa, que prevê a construção de um túnel que ligará Monsanto a Santa Apolónia.
"Eu sinto um grande embaraço", começou por dizer o bispo de Lisboa.
"O caminho passa por restituir às pessoas uma prioridade e centralidade, em particular aos mais frágeis", acrescentou, pedindo atenção aos "mais pobres e aqueles que passam horas noturnas perante um centro de saúde para conseguirem uma consulta.
"É um embaraço que embaraça as celebrações das bodas de ouro do 25 de abril", reiterou.
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O Governo chegou, na terça-feira passada, a um "acordo intercalar" com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) para a melhoria das condições laborais dos médicos. Já a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) não aceitou a proposta do Governo e não vai assinar o acordo. Além das grelhas salariais, o setor da Saúde tem sido tópico de discussão pelas vagas que ficaram por preencher no concurso de médicos especialistas.
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