"Se não fosse a resiliência dos profissionais de saúde, estaríamos numa situação muito pior"
Ricardo Mexia, médico e presidente da Junta de Freguesia do Lumiar (PSD), respondeu, de forma indireta, a Marta Temido, que referiu a característica "resiliência" como um critério fundamental na contratação de novos profissionais de saúde. O social-democrata analisa que a situação no SNS é muito distinta da que é promovida na "propaganda" do Governo.
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O médico e social-democrata Ricardo Mexia salienta que "quem trabalha no terreno e quem está junto das populações dá conta de uma realidade muito diferente" da que defende o Partido Socialista. Mexia fala de uma "erosão dos recursos humanos" no SNS, e atira: "Vivemos uma realidade paralela e que nos entra pelos olhos, uma realidade distinta da propaganda."
Numa crítica ao uso da palavra "resiliência" por parte da ministra da Saúde, o presidente da Junta de Freguesia do Lumiar argumenta que "a resiliência é uma palavra que tem um peso específico", e que, se não fosse esta prática, "estaríamos numa situação muito pior".
Havia, antes da Covid-19, já um "ambiente de grande conflitualidade" no Serviço Nacional de Saúde, refere o social-democrata, que menciona que a negociação é a chave para melhorar as condições para o nosso serviço.
O presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública acredita ser possível que o PSD venha a obter a vitória nas legislativas, a par do sinal que os portugueses deram quanto ao poder autárquico. Mas, para construir a alternativa, os sociais-democratas têm de estar alinhados nos objetivos de desenvolvimento sustentável, defende.
"Temos de olhar para o futuro e ver esperança. As pessoas neste momento não veem esperança, veem um beco sem saída."
Mexia acredita que o processo de clarificação interna [nas eleições do partido] foi útil, para que agora estejam unidos, e apela para que todos se mantenham juntos e para que consigam criar a alternativa.
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