O líder do PS criticou, este sábado, o primeiro-ministro por não ter uma atitude de condenação forte relativamente à situação do buraco orçamental da Madeira.
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No caso da Madeira, António José Seguro entende que o primeiro-ministro mostra incoerência entre o que diz e o que faz.
«Eu ouvi o primeiro-ministro dizer palavras com as quais concordo em relação à situação da Madeira, mas não ouvi o primeiro-ministro tomar nenhuma decisão em coerência com essas palavras por uma única razão: porque Pedro Passos Coelho é forte com os fracos mas é fraco com os fortes ou com aqueles que ele julga que têm poder», criticou.
Foi por isso que «a única decisão» que Pedro Passos Coelho tomou sobre a omissão de dívidas públicas na Madeira foi a de dizer que não ia ao arquipélago em campanha eleitoral, acrescentou, sublinhando: «Pois bem, eu vou à Madeira».
O secretário-geral socialista segue para a Madeira na próxima sexta-feira e, frisou, não tem receio de dizer na ilha o que pensa sobre o buraco financeiro.
António José Seguro considerou que «em Portugal, num estado de direito democrático, não pode haver regiões acima da lei e não pode haver um homem que manda mais do que as leis do país», referindo-se ao presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim.
Num jantar-comício em Valongo, António José Seguro falou também do chumbo da proposta do PS sobre enriquecimento ilícito. Para o socialista, PSD, PCP, CDS e Bloco fizeram um jogo partidário para afastar o PS do combate à corrupção.