O líder socialista apelou esta tarde à mobilização contra as medidas do Governo, numa iniciativa que reuniu sindicalistas socialistas da UGT e da CGTP.
Corpo do artigo
António José Seguro disse ainda que a matriz do Governo tem sido o engano e acusou o executivo de Pedro Passos Coelho de estar a adotar agora medidas que tinha prometido não tomar, como por exemplo aumentar os impostos.
«Ouvimos ontem um novo engano, uma nova mentira, este primeiro-ministro falta à verdade permanentemente, falta à palavra, e ontem quando julgávamos que já não nos surpreendíamos, fomos novamente surpreendidos pelo Governo com aumento de impostos, aumento do IVA, aumento da TSU dos trabalhadores e aumento do imposto especial sobre produtos» susblinhou.
Seguro salientou igualmente que «os cortes que o primeiro-ministro disse que nunca faria, que era provisórios, passaram agora a definitivos», como é o caso da contribuição extraordinária, embora tenha agora um novo nome, a contribuição de sustentabilidade.
«Como é que estes homens e esta mulher podem continuar no Governo. Como é que os portugueses podem confiar num Governo que nos mente, engana e que diz uma coisa e faz outra», questionou.
Promovido pela Tendência Sindical Socialista (TSS), no encontro participaram também o cabeça de lista socialista às eleições europeias, Francisco Assis, o secretário-geral da UGT e da TSS, Carlos Silva, e o líder da Corrente Sindical Socialista na CGTP-IN, Carlos Trindade.
António José Seguro aproveitou ainda o encontro e a presença de Francisco Assis para apelar ao voto no PS nas eleições europeias, que se realizam a 25 de maio.
Nesta iniciativa que reuniu o PS e sindicalistas socialistas para assinalar o 1º de Maio, Dia do Trabalhador, António José Seguro comprometeu-se em criar um acordo de concertação social estratégico, que tenha como prioridade o emprego, caso seja eleito primeiro-ministro.
O líder socialista adiantou que a prioridade do partido é o emprego e «será o centro de todas as políticas do próximo Governo do país».
Nesse sentido, destacou que a política de rendimentos, as prestações sociais, o sistema fiscal, a contratação coletiva e a formação profissional dirigida aos desempregados como «pontos essenciais que têm que fazer parte desse acordo».