Depois de ter dito em entrevista à TSF e ao DN que não apoia uma revisão constitucional para impor limites ao défice, Seguro diz que este debate não pode ser transformado em luta partidária.
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«Não me parece que seja do interesse nacional que o Governo queira usar este tema como arma de arremesso partidário. Exige-se sentido de Estado», disse o secretário-geral do PS esta sexta-feira, num plenário com militantes socialistas de Oeiras.
A ideia do PS é que não se dilua o consenso que sempre tem havido em torno das questões europeias.
Neste plenário, António José Seguro começou por dizer que não trazia «boas notícias», pois estava «muito insatisfeito» com os resultados do Conselho Europeu desta quinta e sexta-feira.
«As conclusões do Conselho Europeu de hoje são conclusões do lado da disciplina orçamental, do lado das sanções, como se incluir sanções para os países designados de incumpridores fosse a solução para criar mais emprego e mais crescimento económico na UE», criticou.
António José Seguro também não gostou de ouvir Passos Coelho afirmar, em Bruxelas, que só o futuro poderá dizer se as medidas de austeridade já tomadas são suficientes.
«É um conformismo desesperante. Precisamos de gente com convicções, gente com visão», que crie emprego e faça crescer a economia, insistiu o líder socialista, dizendo que quer conquistar «a confiança e o coração» dos portugueses para um dia vir a ser primeiro-ministro.