Não é só quem vive com défice que deve ser penalizado. Seguro defende que os países excedentários que não invistam na dinamização da economia europeia também devem sofrer consequências.
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«Não compreendo porque é que se querem aplicar sanções tão gravíssimas para quem é indisciplinado orçamentalmente pelo lado do défice e não se fala na necessidade de aplicar sanções para quem tem excedentes e não os coloca ao serviço da economia», considerou esta segunda-feira o secretário-geral do PS.
Esta seria uma proposta que, se fosse primeiro-ministro, António José Seguro levaria ao próximo Conselho Europeu no final desta semana.
Na reunião, Seguro também apresentaria ideias que tem defendido nos últimos tempos, como a emissão de "eurobonds" - os títulos de dívida europeia - ou um papel mais activo por parte do Banco Central Europeu (BCE), nomeadamente pondo o banco central a emitir moeda, algo que vai ao encontro do que tem sido defendido por Cavaco Silva.
«Tenho dificuldade em compreender como é que um governo de um país em dificuldades não se bate por essas propostas. Felizmente que o PS e o Presidente da República tem um entendimento convergente sobre essa matéria», congratulou-se, defendendo que «o consenso nacional que é necessário não dispensa o governo».
Seguro até nem acha mal que Angela Merkel e Nicholas Sarkozy se andem a encontrar para definir o futuro da Europa. O que o líder do PS não gosta é que outros líderes europeus não façam o mesmo.
O líder do PS falava numa conferência promovida pelo Diário Económico.