Sem acordo, Fenprof marca greve nacional para junho e uma outra às avaliações
Mário Nogueira explica que a greve nacional está marcada pelos "seis anos, seis meses e 23 dias" perdidos pelos professores no congelamento das carreiras.
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O secretário-geral da Fenprof anunciou esta quinta-feira várias greves de professores, nomeadamente uma greve às avaliações que poderá ocorrer no final do ano letivo e uma greve nacional a 6 de junho.
"Vamos avançar com uma greve por distritos em 18 dias úteis. Vamos avançar com uma greve a toda a atividade para lá da atividade letiva normal. Ou seja, uma greve a todas as reuniões, aulas vão manter-se. Vai ser avançada uma greve ao último tempo letivo de cada professor. Vamos avançar com uma greve às avaliações, só falta decidir quando é que ela se realizará, porque já há escolas que se organizam de forma semestral e não têm avaliação do segundo período, o que quer dizer que poderá ser no final do ano", explicou Mário Nogueira à saída da reunião no Ministério da Educação.
Sobre a greve de 6 de junho, há uma explicação: "Os professores estão a haver muito tempo de serviço (...) há um que é simbólico que é o tempo que lhes está a ser retirado do congelamento. São seis anos, seis meses e 23 dias. No dia 6 de junho de 2023 haverá uma greve nacional de professores, com uma grande manifestação de professores."
Quanto às negociações com o ministério, Mário Nogueira afirma que "das seis linhas vermelhas, nenhuma se apagou" e que nas novas negociações a começar a 20 de março não está uma reivindicação "fundamental" para a Fenprof que é a recuperação do tempo de serviço.
"Mas pior foi a forma como o ministro colocou as questões. Dizer que mesmo para estes quatro aspetos coloca como condição que volte a serenidade às escolas, isso não é aceitável", referiu o sindicalista.