Setor da hotelaria e restauração pede linha de apoio e perdão de atrasos de pagamento
As empresas de restauração e alojamento turístico pedem mais apoios ao Governo para enfrentarem a crise da Covid 19 e oferecem-se para receber e alimentar doentes e profissionais de saúde.
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As empresas de restauração e hotelaria estão a reivindicar junto do governo uma linha de apoio à tesouraria de mil euros mensais por trabalhador, através de microcrédito que não passe diretamente pelo sistema bancário.
A AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal) considera que o setor está a viver uma das piores crises de sempre devido à propagação do novo coronavírus e ontem entregou no ministério da Economia mais de quarenta propostas.
A direção da associação considera insuficientes as medidas já disponibilizadas pelo executivo e, num comunicado divulgado esta manhã, pede um período de carência nos pagamentos ao Estado e à banca, concretamente um período de carência de seis meses para obrigações relativas aos pagamentos do IVA, da Segurança Social e do IMI.
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A AHRESP defende que não deve haver penalizações por atrasos de pagamento de rendas ao senhorio Estado e pede que o setor público liquide as dívidas já vencidas e pede com urgência a adequação do processo de layoff.
"No que respeita aos pagamentos ao Estado, a AHRESP defende um período de carência de seis meses para obrigações relativas aos pagamentos do IVA, da Segurança Social e do IMI, entre outros compromissos para com a Autoridade Tributária", pode ler-se no documento.
A associação propôs ainda que os estabelecimentos de alojamento e restauração "possam funcionar, se necessário e sob a orientação das autoridades competentes, para acolher e alimentar doentes, profissionais de saúde e todo o sistema de proteção civil, apoiando assim todos os que neste momento estão na primeira linha de combate ao Covid-19".