Dirigente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) diz que problema do SNS não ficará resolvido tipo "varinha mágica" e lembra que a questão do pagamento das horas extra é apenas "detalhe".
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No dia em que o Governo retoma as negociações com os sindicatos, na sequência dos encerramentos pontuais de serviços de obstetrícia, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que espera um sinal de abertura por parte do Executivo, sublinha à TSF que o Ministério de Marta Temido há muito que conhece as suas propostas para atrair médicos para o SNS. "O Ministério da Saúde conhece o nosso caderno reivindicativo, conhece a necessidade de iniciação de um processo de fixar médicos no Serviço Nacional de Saúde ", lembra Jorge Roque da Cunha.
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) adianta que entre os pontos que quer ver discutidos na reunião estão "naturalmente os salários que não são mexidos há cerca de 10 anos". Salários que "não são competitivos nem com o privado, nem com o estrangeiro, o que levou à situação em que estamos hoje", adianta.
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Em relação à reunião marcada para esta quarta-feira com a Secretária de Estado da Saúde, Roque da Cunha sublinha que "seria essencial que o Ministério da Saúde dissesse que nos próximos meses e com alguma celeridade iria encerrar um conjunto de matérias que há vários anos já deviam estar ultrapassadas".
O dirigente do SIM considera que o pagamento de horas a 50 euros a partir das 150 horas extraordinárias, tal como propôs o governo, não vem resolver o problema. "É um detalhe que não vai ultrapassar a questão", diz Roque da Cunha, frisando que os problemas são estruturantes e que não são compatíveis com o pagamento de determinado valor de hora extra, que naturalmente é importante". "Está muito longe de dar as ideias às pessoas de que, com isso, o problema ficará resolvido tipo varinha mágica", acrescenta.
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