Sindicato da PSP protesta no aeroporto do Porto para denunciar polícia "low cost"
A ASPP vai propor ao Governo a abertura de um processo negocial para alteração dos índices remuneratórios em vigor "com uma elevação dos valores para uma valorização efetiva dos salários".
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A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) realiza esta quinta-feira no aeroporto do Porto uma ação de protesto para exigir aumento de salários e dignificação da carreira, denunciando o modelo do polícia "low cost".
Esta concentração no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, é a primeira de uma série de ações de sensibilização que a ASPP vai realizar este mês nos aeroportos de Lisboa e Faro.
Com o lema "Superpolícia Low Cost - Portugal é um País seguro com polícias a baixo custo", a ASPP quer alertar a população e os turistas que visitam Portugal para a "estagnação salarial" e para "as soluções mais estapafúrdias para camuflar a situação" do salário de 809 euros mensais em início de carreira.
Ouvido pela TSF, Paulo Santos, presidente da ASPP, diz que as reivindicações dos policias têm sido ignoradas.
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"Não podemos permitir que a valorização passe por uma visão social ou habitacional, a dignificação da carreira e o aumento da atratividade passará pelo aumento dos salários. Não podemos permitir que o primeiro nível remuneratório se situe nos 809 euros, não podemos continuar com a política da restrição, num contexto cada vez mais complexo, arriscado e exigente", refere o sindicato mais representativo da Polícia de Segurança Pública.
Em comunicado, a ASPP avança que vai propor ao Governo a abertura de um processo negocial para alteração dos índices remuneratórios em vigor "com uma elevação dos valores para uma valorização efetiva dos salários".
A ASPP refere ainda que os baixos salários na PSP refletem-se na falta de atratividade pela profissão a, sendo exemplo o curso que está atualmente a decorrer, que deveria ter 1.200 novos polícias, mas tem menos 21,6%.
Além do protesto desta quinta-feira no aeroporto do Porto, a ASPP vai realizar concentrações dia 28 no aeroporto de Lisboa e 29 de julho no aeroporto de Faro.