No primeiro de dois dias de greve dos professores com serviços mínimos decretados, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, apela aos pais para não trazerem filhos às escolas, num gesto de "solidariedade".
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O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, confirmou que as nove organizações sindicais de professores avançam para tribunal contra os serviços mínimos que foram decretados pelo para as greves desta quinta e sexta-feira.
"O que vai acontecer, como em 2018, é avançarmos para uma ação em tribunal porque consideramos que estes serviços mínimos são absolutamente ilegais", confirmou o secretário-geral da Fenprof esta manhã, em Coimbra, à porta de escola secundária D. Dinis.
O Tribunal Arbitral decretou que os professores têm de cumprir três horas de aulas nestes dois dias de greve: esta quinta-feira de Coimbra para norte e sexta-feira a sul de Leiria. Mário Nogueira já tinha apelado aos professores para que não cumprissem nem mais um minuto. Esta manhã, fez também um pedido aos pais para que deixassem os filhos em casa.
"Aquilo que apelamos é que os pais, hoje e amanhã, não levem os filhos às escolas porque podem não ter onde ficar os miúdos, mas também, e eu digo, por solidariedade. Na verdade estes serviços forçados são uma forma de tentar impedir a luta dos professores. São uma perseguição clara a quem luta. E iremos continuar a contestá-los."
Segundo Mário Nogueira, uma consulta nacional feita aos professores vai no sentido de dar continuidade a esta luta. "No dia 7 de março, em conferência de imprensa, em Lisboa, iremos dizer de que forma. Vamos agora estudar os resultados."
As greves desta quinta-feira, a norte, e esta sexta-feira, a Sul, culminam com manifestações em Lisboa e no Porto no sábado.