Sistemas dos tribunais recuperados "na totalidade" após problema na infraestrutura
Ministério da Justiça descarta qualquer "problema interno" e esclarece que a ligação ao datacenter foi interrompida devido a obras.
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Os serviços informáticos do Ministério da Justiça já retomaram o funcionamento "na totalidade" depois de um problema que obrigou ao adiamento de julgamentos e diligências nos tribunais de todo o país.
O sistema sofreu dificuldades "durante a manhã e o início da tarde desta terça-feira" que foram, revela o ministério numa nota enviada à TSF, provocadas "por uma interrupção num circuito de um operador de comunicações que faz a ligação ao datacenter localizado em Évora".
Essa interrupção "resultou de uma obra em curso no local", pelo que a Justiça portuguesa afasta qualquer "problema interno" da rede do ministério, assinalando que o mesmo existiu "ao nível da infraestrutura do operador de comunicações".
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A situação foi acompanhada em permanência pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) "no sentido de assegurar a rápida reposição das comunicações".
Os tribunais portugueses estiveram parados desde o início da manhã em todo o país devido a uma falha do sistema informático Citius, o que obrigou ao adiamento ou cancelamento das diligências previstas.
"Prejuízos enormíssimos"
Em declarações à TSF, a bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda Almeida Pinheiro, avisa para a necessidade de o ministério dar explicações ou apurar responsabilidades, dado que foram causados "prejuízos enormíssimos não só em termos de atraso no cumprimento de prazos, mas também e principalmente com o número assombroso de diligências que hoje tiveram de ser adiadas" devido à falha no funcionamento do sistema.
"Segundo nos reportam foi uma avaria, foi um corte de um cabo, no entanto nós sabemos todos muito bem da fragilidade destas plataformas e esperamos que seja corrigida a breve texto, porque senão qualquer dia vamos ter um problema muito sério", alerta a bastonária, porque "sem estas plataformas informáticas a justiça fica parada".
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Ficam impossibilitados de trabalhar profissionais como "advogados, magistrados judiciais, magistrados do Ministério Público e funcionários judiciais" e, num momento em que "há muita coisa para fazer", com a lei da amnistia para cumprir, há "pendências processuais que têm de ser acauteladas e por isso é importantíssimo e fundamental que estas plataformas funcionem".